Investigadores do IPO do Porto identificaram uma mutação genética que duplica o risco de desenvolver cancro do ovário.
Os resultados obtidos pela unidade de investigação em Oncologia Molecular do IPO, abrem caminho a uma nova estratégia de quimioprevenção: se forem identificadas as mulheres portadoras da mutação do gene COX2, poderá vir a ser possível usar fármacos que já existem no mercado, como a aspirina, para prevenir e tratar esta neoplasia.
O gene COX2 é responsável pela produção da enzima do mesmo nome que tem um papel fundamental na resposta inflamatória. Quando a sua actividade está alterada, a resposta é excessiva e pode provocar lesões nos tecidos, originado cancro mais tarde.
Outro dado interessante obtido pelo estudo é a verificação de que o risco de contrair cancro do ovário aumentava em mulheres mais novas: quando as portadoras da mutação tinham menos de 53 anos, o risco triplicava.
Desta forma, um rastreio genético - efectuado a partir de uma simples análise ao sangue - em idades jovens poderia permitir actuar de forma a evitar o cancro.
Publicado no dia 27 de Setembro de 2007, no Jornal de Notícias
Reflexão:
Com estes avanços na investigação da saúde reprodutiva, a mulher poderá ter uma melhor qualidade de vida.
Pois, através de uma simples análise de sangue será possível detectar o gene COX2, e assim prevenir a neoplasia do ovário com o uso de simples fármacos.