Álcool
Os hábitos alcoólicos maternos podem provocar o síndrome fetal alcoólico, principalmente quando a ingestão diária de álcool pela grávida excede os 80 gramas, mas é possível o aparecimento de anomalias fetais a partir dos 40 gramas de álcool por dia. O diagnóstico do síndrome é estabelecido quando, existindo história de alcoolismo materno, se encontram os seguintes dados:
1) Deficiente crescimento fetal e neonatal;
2) Anomalias do sistema nervoso central:
a) Anomalias neurológicas (irritabilidade do recém-nascido);
b) Desenvolvimento mental e intelectual retardado;
3) Duas das seguintes anomalias morfológicas craniofaciais:
a) Microcefalia;
b) Microftalmia ou fendas palpebrais encurtadas;
c) Lábio superior fino e maxilar superior achatado.
1) Deficiente crescimento fetal e neonatal;
2) Anomalias do sistema nervoso central:
a) Anomalias neurológicas (irritabilidade do recém-nascido);
b) Desenvolvimento mental e intelectual retardado;
3) Duas das seguintes anomalias morfológicas craniofaciais:
a) Microcefalia;
b) Microftalmia ou fendas palpebrais encurtadas;
c) Lábio superior fino e maxilar superior achatado.
Além destas anomalias características, o álcool pode ser a causa de outras malformações, particularmente do coração e do esqueleto.
Pensa-se que alcoolémias persistentemente elevadas podem perturbar o desenvolvimento do Sistema Nervoso Central. No primeiro trimestre, o álcool actua, essencialmente, como teratogénio, alterando a organização tissular do embrião; na segunda metade da gravidez, interfere no crescimento somático e no desenvolvimento intelectual, pelo que a cessação da ingestão de álcool é sempre benéfica em qualquer momento da gestação.
Tabaco
Os hábitos tabágicos maternos (mais de 5 cigarros por dia) interferem com o crescimento fetal, observando-se uma diminuição média de 200 gramas no peso dos recém-nascidos das mães fumadoras quando comparados com os filhos de não fumadoras com o mesmo tempo de gestação.
Os efeitos imediatos, a nível fetal, após a grávida fumar um cigarro, relacionáveis com o aumento brusco da nicotinémia, são os seguintes: taquicardia fetal mantida durante, pelo menos, 10 minutos; diminuição da variabilidade da frequência cardíaca fetal e quase completa abolição dos movimentos do feto.
O tabagismo materno não tem sido relacionado com malformações fetais, mas associa-se ao aumento de incidência de abortos do segundo trimestre, descolamento prematuro da placenta, parto pré-termo, rotura prematura das membranas e mortalidade perinatal.
A redução do número de cigarros diários, principalmente na segunda metade da gravidez, tem efeitos positivos, quer quanto à redução da incidência e da magnitude da restrição do crescimento fetal quer quanto ao risco de descolamento prematuro da placenta.
DA GRAÇA, Luís Mendes, Medicina Materno-Fetal, Lisboa, Lidel, 2005
Reflexão:
Com o consumo excessivo de álcool e tabaco o feto vai ser afectado ao nível do seu normal desenvolvimento.
As grávidas deviam de pensar seriamente em deixar de consumir estas substâncias, pois assim o seu feto irá ser mais saudável.