domingo, 9 de dezembro de 2007

Efeitos no feto de algumas substâncias

Álcool
Os hábitos alcoólicos maternos podem provocar o síndrome fetal alcoólico, principalmente quando a ingestão diária de álcool pela grávida excede os 80 gramas, mas é possível o aparecimento de anomalias fetais a partir dos 40 gramas de álcool por dia. O diagnóstico do síndrome é estabelecido quando, existindo história de alcoolismo materno, se encontram os seguintes dados:
1) Deficiente crescimento fetal e neonatal;
2) Anomalias do sistema nervoso central:
a) Anomalias neurológicas (irritabilidade do recém-nascido);
b) Desenvolvimento mental e intelectual retardado;
3) Duas das seguintes anomalias morfológicas craniofaciais:
a) Microcefalia;
b) Microftalmia ou fendas palpebrais encurtadas;
c) Lábio superior fino e maxilar superior achatado.
Além destas anomalias características, o álcool pode ser a causa de outras malformações, particularmente do coração e do esqueleto.
Pensa-se que alcoolémias persistentemente elevadas podem perturbar o desenvolvimento do Sistema Nervoso Central. No primeiro trimestre, o álcool actua, essencialmente, como teratogénio, alterando a organização tissular do embrião; na segunda metade da gravidez, interfere no crescimento somático e no desenvolvimento intelectual, pelo que a cessação da ingestão de álcool é sempre benéfica em qualquer momento da gestação.

Tabaco
Os hábitos tabágicos maternos (mais de 5 cigarros por dia) interferem com o crescimento fetal, observando-se uma diminuição média de 200 gramas no peso dos recém-nascidos das mães fumadoras quando comparados com os filhos de não fumadoras com o mesmo tempo de gestação.
Os efeitos imediatos, a nível fetal, após a grávida fumar um cigarro, relacionáveis com o aumento brusco da nicotinémia, são os seguintes: taquicardia fetal mantida durante, pelo menos, 10 minutos; diminuição da variabilidade da frequência cardíaca fetal e quase completa abolição dos movimentos do feto.
O tabagismo materno não tem sido relacionado com malformações fetais, mas associa-se ao aumento de incidência de abortos do segundo trimestre, descolamento prematuro da placenta, parto pré-termo, rotura prematura das membranas e mortalidade perinatal.
A redução do número de cigarros diários, principalmente na segunda metade da gravidez, tem efeitos positivos, quer quanto à redução da incidência e da magnitude da restrição do crescimento fetal quer quanto ao risco de descolamento prematuro da placenta.
DA GRAÇA, Luís Mendes, Medicina Materno-Fetal, Lisboa, Lidel, 2005
Reflexão:
Com o consumo excessivo de álcool e tabaco o feto vai ser afectado ao nível do seu normal desenvolvimento.
As grávidas deviam de pensar seriamente em deixar de consumir estas substâncias, pois assim o seu feto irá ser mais saudável.

Fumar reduz fertilidade

As grávidas que fumam durante o período de gestação reduzem a fertilidade do bebé, no caso de ser um menino, já que, devido ao vício do tabaco, afectam um gene fundamental, revela uma investigação da Universidade de Aberdeen, na Escócia.

Não é novidade que o fumo afecta a fertilidade dos fetos, mas só agora se percebeu que esta alteração resulta de uma redução significativa nos níveis de um gene chamado DHH, que desempenha um papel decisivo no desenvolvimento dos testículos.

Publicado no dia 18 de Novembro, no Correio da Manhã
Reflexão:
Durante a gravidez muitas mulheres são aconselhadas a deixar de fumar, mas com o grande stress diário que se verifica, elas não o conseguem fazer.
Ao fumarem estão a fazer com que as substâncias tóxicas do tabaco passem para o feto, afectando-o ao nível da sua fertilidade e desenvolvimento.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O número de relações sexuais sem protecção entre as jovens cresceu. A procura da pílula do dia seguinte é cada vez maior


As jovens portuguesas continuam a correr muitos riscos nas relações sexuais. Um dos maiores estudos sobre as práticas contraceptivas já realizados em Portugal revela que uma em cada seis raparigas entre os 15 e os 19 anos não utiliza qualquer método anticoncepcional.


Quase um terço das adolescentes sexualmente activas já tomaram a pílula do dia seguinte e 16 por cento admitem não utilizar qualquer método contraceptivo, destacando-se neste campo a região do Alentejo. A contrastar, a região Centro e as mulheres dos 25 aos 39 anos são as que mais utilizam contraceptivos.


Quem não se mostra surpreendido com os resultados do estudo agora divulgado é Duarte Vilar, da Associação para o Planeamento da Família (APF), para quem a elevada utilização da pílula do dia seguinte por parte das jovens não é preocupante por si só. O que é preocupante, no seu entender, é que um terço das jovens já tenham passado por situações de risco desnecessárias, o que as levou a, "de uma forma correcta", evitar uma gravidez não desejada.

Os dados são revelados pelo estudo “A Avaliação das Práticas Contraceptivas das Mulheres Portuguesas”, feito pela Sociedade Portuguesa de Ginecologia em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Medicina de Reprodução. O estudo contou com a participação de 3.900 mulheres dos 15 aos 49 anos, residentes em Portugal Continental, Madeira e Açores.


http://jpn.icicom.up.pt/2005/03/03/sexo_desprotegido_aumenta_entre_as_adolescentes.html
http://jn.sapo.pt/2007/09/25/sociedade_e_vida/recurso_a_pilula_cresceu.html
http://www.netprof.pt/ImprimirTXT.jsp?id_versao=14666
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1217197&idCanal=91


Reflexão:


As mulheres portuguesas estão cada vez mais informadas sobre os métodos contraceptivos, em especial as mais jovens que ainda frequentam a escola. No entanto, são exactamente as adolescentes que revelam os maiores erros no que toca à prática de relações sexuais seguras.


Actualmente os jovens iniciam a sua vida sexual cada vez mais cedo, como tal é necessário actuar na área da informação aos jovens, acerca dos meios contraceptivos, do seu modo de utilização e dos riscos que correm caso não utilizem qualquer tipo de contraceptivo (doenças sexualmente transmissíveis).

Ainda que a maior parte das mulheres (87%) se considere suficientemente informada sobre os métodos contraceptivos, uma em cada seis raparigas entre os 15 e os 19 anos não utiliza qualquer tipo de contraceptivo. Muitas vezes há um comportamento de facilitismo e procura do prazer no momento e as consequências não são valorizadas.


Devia de existir uma prática efectiva de acções de formação a nível da educação sexual em todas as escolas.

sábado, 3 de novembro de 2007

Ovulação, fecundação e implantação

Introdução

Um novo ser humano tem a sua origem na conjugação de uma célula reprodutora masculina – o espermatozóide, e de uma célula reprodutora feminina - o óvulo ou ovócito. Enquanto os espermatozóides são produzidos em grande número, de modo praticamente constante ao longo da vida reprodutora do homem, o organismo da mulher disponibiliza para o processo reprodutivo um óvulo a intervalos, aproximados, de 4 semanas durante de 35 anos.
Ovulação

O sistema reprodutor feminino sofre ciclicamente um conjunto complexo de alterações, consequência de interações estreitamente coordenadas entre hipotálamo, hipófise e ovários que, por um lado, culminam na libertação de um óvulo maturo fecundável e, por outro, criam condições favoráveis à reunião dos gâmetas e à receptividade adequada para um eventual embrião. Se não se der a fecundação, há uma fase curta de “regresso ao ponto de partida” hormonal e orgânico, com aparecimento de uma hemorragia menstrual, reiniciando-se, então, todo o processo conducente a nova ovulação e consequente possibilidade de gravidez. Na ausência de gestações, situações patológicas e interferências farmacológicas, esta criação cíclica de condições para que surja uma gravidez repete-se, inexoravelmente, durante toda a vida reprodutora de cada mulher (com excepção de um período variável nos extremos dessa fase da vida, isto é, na pós-menarca e na pré-menopausa).

A hemorragia menstrual ou menstruação, sendo um acontecimento facilmente reconhecível, constituiu, desde sempre, um marco clínico insubstituível.

O ciclo menstrual começa no primeiro dia de uma menstruação e termina no dia antes da menstruação seguinte. A sua duração é uma característica individual, tendo, na grande maioria das mulheres, entre 21 e 35 dias. Embora a mediana da duração dos ciclos menstruais regulares seja 28 dias, estudos populacionais muito extensos mostraram que apenas cerca de 15% dos ciclos tem essa duração. Nos anos que se seguem à menarca e nos que antecedem a menopausa, os ciclos são habitualmente mais longos devido, sobretudo, à maior frequência de ciclos anovulatórios.
Fecundação

Tem lugar na porção ampular da trompa.

A penetração através do cumulus (conjunto de células da granulosa que rodeia o ovócito e o acompanha após a ovulação), isto é, da sua matriz extracelular, parece ser essencialmente ftmção da motilidade hiperactivada do espermatozóide, embora haja também comparticipação da acção de algumas enzimas da sua membrana superficial. Em condições experimentais, e usando células de vários tipos de primatas, constatou-se que os espermatozóides móveis, após capacitação, penetram rapidamente a barreira constituída pelo cumulus, enquanto os não capacitados não a ultrapassam, independentemente da sua motilidade poder ser normal.
Ao entrar em contacto com a zona pelúcida, por mecanismos moleculares muito complexos e que começam agora a ser conhecidos, desencadeiam-se os fenómenos que se designam por reacção acrosómica, com consequente libertação de enzimas do acrosoma. Estas promovem uma digestão mínima e autolimitada da região da zona pelúcida em contacto com o espermatozóide, possibilitando a sua entrada para o espaço perivitelino, isto é, para o espaço entre a zona pelúcida e a membrana citoplasmática do ovócito.

Dá-se, em seguida, a fusão das membranas do ovócito e do espermatozóide. Essa fusão começa na zona equatorial da cabeça do espermatozóide e é, provavelmente, mediada pela existência de moléculas de superfície específicas. O contacto do espermatozóide com as microvilosidades da superfície da membrana do ovócito dá origem à produção, por parte desta, de prolongamentos semelhantes a pseudópodes. Vão sofrendo retracção, a cabeça do espermatozóide é englobada no ooplasma enquanto a membrana citoplásmica do espermatozóide é digerida.
A penetração do espermatozóide no ovócito tem como consequências:
1) a reacção cortical (activação de grânulos subcorticais com libertação de substâncias para o espaço perivitelino, que levam ao bloqueio da entrada de outros espermatozóides);
2) a activação metabólica do ovócito com o completar da meiose (o 2° corpo polar é libertado e o ovócito torna-se uma célula haplóide).
O núcleo do espermatozóide que entrou para o citoplasma do ovócito sofre, então, descondensação da sua cromatina e constitui o pró-núcleo masculino. Os dois pró-núcleos (feminino e masculino) migram um para o outro, acabando por entrar em singamia com formação de um fuso acromático com arranjo dos cromossornas provenientes de ambos os gâmetas. Dá-se então a primeira divisão celular com formação dos dois primeiros blastómeros.




Implantação

É o processo pelo qual um embrião se liga à parede uterina, introduzindo-se na espessura do endométrio e estabelecendo uma ligação íntima com a vascularização materna.

DA GRAÇA, Luís Mendes, Medicina Materno-Fetal, Lisboa, Lidel, 2005

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Esterilização Masculina: VASECTOMIA



Método Contraceptivo



O que é a esterilização masculina?

A esterilização masculina é considerado um método irreversível, e por isso, apenas indicado para homens e casais convictos que não querem ter mais filhos. Este anticoncepcional é conseguido através de uma cirurgia designada por vasectomia, na qual são seccionados 2 pequenos tubos (canais deferentes) que transportam o esperma dos testículos para o pénis. Deste modo, não há espermatozóides no esperma quando o homem ejacula. Habitualmente esta cirurgia é feita sob anestesia local e dura cerca de 15 minutos.

Quais as vantagens da esterilização masculina?



  • É um método anticoncepcional permanente, que se consegue após uma cirurgia simples, sob anestesia local, e habitualmente sem efeitos adversos ou riscos para a saúde do homem;

  • Não interfere com a relação, nem com o desempenho sexual;

  • Pode melhorar a satisfação sexual, uma vez que elimina o receio de uma gravidez não desejada;

  • A eficácia pode ser avaliada a qualquer momento (mediante espermograma).


Quais as desvantagens da vasectomia?


  • Ao contrário da esterilização feminina, a vasectomia não é imediatamente eficaz após a cirurgia. São necessários por vezes 3 ou mais meses até que todos os espermatozóides desapareçam do canal deferente que ficou a jusante do corte. Enquanto isso não acontece o casal deverá utilizar outro método anticoncepcional até que existam 2 contagens de espermatozóides negativas;

  • Podem surgir algumas complicações imediatas (embora raras), como infecção, hemorragia ou hematoma do escroto;

  • Não protege contra as DTS.

Qual a eficácia da esterilização masculina?

Como acontece com a esterilização feminina, também a vasectomia não tem total eficácia. A muito baixa taxa de insucesso (cerca de 1%o), deve-se essencialmente à reunião espontânea das extremidades cortadas do canal deferente.

domingo, 7 de outubro de 2007

Crianças portuguesas geradas com espermatozóides espanhóis

Cerca de 15% da população sofrem de infertilidade. Em Portugal, serão cerca de meio milhão as pessoas afectadas.




Os métodos de procriação medicamente assistida são utilizados em Portugal há pelo menos 20 anos. Através destes métodos nascem, por ano e em média, cerca de 650 crianças.

Mas, para os cerca de 50 casos em que foi necessário recorrer a dadores de esperma, os espermatozóides foram importados de Espanha, pois a falta de regulamentação não permite que existam bancos no nosso país. Pela mesma razão, todos os anos cerca de uma centena de mulheres do Norte do país viajam até Espanha para receberem ovócitos.

Só após 20 anos de prática foi publicada (ano 2006) uma lei sobre a Reprodução Medicamente Assistida (RMA), que prevê a criação de um Conselho Nacional de Reprodução Assistida, a quem competirá, no futuro, regulamentar todas as práticas e ainda os registos dos tratamentos efectuados no nosso país.

Para Silva Carvalho, especialista em infertilidade, "o acesso não é fácil. Na Zona Sul os centros são insuficientes. A Norte já não é assim, o Hospital de Gaia não tem lista de espera e o Hospital de S. João praticamente não tem lista de espera". No entanto, acrescentou, "o acesso é muito burocratizado".

A opção pelo privado não é fácil, já que envolve custos elevados. Uma RMA pode custar entre 500 e 4240 euros, para além da medicação, que já com comparticipação do Estado de cerca de 40%, custa cerca de 1000 euros. Valores que são suportados pelo Serviço Nacional de Saúde, quando o tratamento é feito nos hospitais.

Também diz “(…) há um declínio da reprodução humana, com a diminuição da qualidade dos gâmetas e dos espermatozóides, pelo tipo de vida que temos e também porque as mulheres são mães cada vez mais tarde".





Publicado no dia 9 de Abril, no Jornal de Notícias

http://jn.sapo.pt/2007/04/09/primeiro_plano/criancas_portuguesas_geradas_esperma.html



Reflexão:
Ao ser criado um Conselho Nacional de Reprodução Assistida em Portugal, é mais fácil o acesso à informação da RMA, nomeadamente a sua regulamentação.
Uma solução para os casais portugueses inférteis é a criação de um banco de dadores de gâmetas. Assim, estes milhões de pessoas afectadas teriam o mesmo acesso a estas práticas.
Outra dificuldade com que a população se depara é a falta de instituições públicas para este tipo de tratamento (RMA). Se este número aumentasse por todo o país, as pessoas teriam o mesmo acesso a esta realidade.
Actualmente os estilos de vida exercem uma “pressão” na saúde do Homem, alterando a qualidade e viabilidade da saúde dos órgãos, nomeadamente da reprodução humana.

Glossário


Alelo dominante - um alelo que expressa os seus efeitos fenotípicos, mesmo nos heterozigóticos;

Alelo recessivo - os seus efeitos fenotípicos não se verificam nos heterozigóticos, mas apenas nos homozigóticos recessivos;

Anexos embrionários - permitem a fixação e nutrição do ser em desenvolvimento;

Células de Sertoli células de suporte no interior dos túbulos seminíferos, criando as condições essenciais à produção de espermatozóides;

Células de Leydig – responsáveis pela produção de testosterona nos espaços intersticiais;

Ciclo ovárico - reinicia-se, em média, todos os 28 dias, com o desenvolvimento de uma célula reprodutora feminina;

Ciclo uterino - modificações cíclicas no revestimento interno uterino, em resposta a sinais hormonais do ovário;

Contracepção - acto de evitar uma gravidez indesejada;

Corpo lúteo (amarelo) - resulta da evolução do folículo após expulsar o oócito II;

Crioconservação de gâmetas e de embriões - ultracongelamento de gâmetas e embriões, a temperaturas na ordem dos -190ºC (em azoto líquido), permitindo o seu congelamento por longos períodos de tempo;

Embrião - ser em desenvolvimento durante uma gravidez até ao 2º mês, passando a designar-se por feto a partir do 2º mês e até ao parto;

Espermatídeo – espermatozóide ainda imaturo, que resulta da meiose de um espermatócito I;

Espermatócito – célula localizada nos túbulos seminíferos que, por divisão meiótica, forma os espermatídeos;

Espermatogénese – processo de diferenciação das espermatogónias em espermatozóides, que ocorre nos testículos e implica divisões meióticas e mitóticas;

Espermatogónia – célula diplóide presente nos túbulos seminíferos, a partir da qual se formam os espermatozóides;

Espermatozóide – célula reprodutora haplóide masculina, que apresenta mobilidade para fecundar a célula feminina;

Estrogénio - conjunto de hormonas produzidas pelo desenvolvimento dos folículos;

Fecundação - fusão do gâmeta feminino (oócito II) com o gâmeta masculino (espermatozóide) formando-se o ovo ou zigoto;

Fenótipo - característica detectável que resulta da manifestação do genótipo (um ou mais caracteres);

Folículo de Graaf - composto pelo oócito II rodeado por diversas camadas celulares, com destaque para as células foliculares;

Folículo primordial - forma-se durante o desenvolvimento embrionário, contendo um oócito primário;

Gametogénese – processo de formação de gâmetas que incluiu a espermatogénese e oogénese;

Genótipo - composição alélica específica de um indivíduo, para um dado gene ou para um grupo de genes;

Heterozigótico - indivíduo que apresenta alelos diferentes num mesmo locus em cromossomas homólogos;

Homozigótico - indivíduo que apresenta o mesmo alelo num mesmo locus em cromossomas homólogos;

Hormonas hipofisiárias – produzidas pela hipófise, actuando nos sistemas reprodutores masculino e feminino;

Hormona hipotalâmica – é produzida no hipotálamo e condiciona a produção de outras hormonas pela hipófise;

Métodos contraceptivos - conjunto de técnicas que têm por objectivo evitar a gravidez;

Nidação - fixação do blastocisto à parede interna do útero (endométrio);

Oogénese - inicia-se durante o desenvolvimento embrionário, e, mais tarde, por meiose, produz oócitos maduros, desde a puberdade até à menopausa;

Ovários - gónadas femininas que produzem as células reprodutoras femininas, juntamente com hormonas;

Ovulação - libertação de um oócito II, de um dos ovários, 14 dias após o início do desenvolvimento do folículo;

Oxitocina - uma das principais hormonas que provoca o trabalho de parto, secretada pela hipófise;

Progesterona - hormona sintetizada pelo corpo lúteo e que afecta o revestimento uterino;

Prolactina - hormona produzida pela hipófise que estimula a produção e libertação de leite materno;

Reacção acrossómica - série de eventos em que o acrossoma degrada a parede do oócito II, permitindo a fecundação;

Reprodução assistida - conjunto de técnicas que visam obter uma gestação substituindo ou facilitando uma etapa deficiente no processo reprodutivo; técnicas e métodos que visam ultrapassar os problemas de infertilidade do casal;

Retroalimentação – mecanismo hormonal que permite o controlo da concentração de diversas hormonas dentro de intervalos fixos e estáveis;

Testículos – gónadas masculinas que produzem os espermatozóides e a hormona sexual masculina (testosterona). Nos humanos localizam-se externamente, no escroto;

Testosterona – hormona sexual masculina produzida nos testículos;

Túbulos seminíferos – pequenos tubos enrolados, localizados nos testículos, onde ocorre a produção de espermatozóides.

domingo, 30 de setembro de 2007

Mutação genética duplica risco de cancro do ovário


Investigadores do IPO do Porto identificaram uma mutação genética que duplica o risco de desenvolver cancro do ovário.

Os resultados obtidos pela unidade de investigação em Oncologia Molecular do IPO, abrem caminho a uma nova estratégia de quimioprevenção: se forem identificadas as mulheres portadoras da mutação do gene COX2, poderá vir a ser possível usar fármacos que já existem no mercado, como a aspirina, para prevenir e tratar esta neoplasia.

O gene COX2 é responsável pela produção da enzima do mesmo nome que tem um papel fundamental na resposta inflamatória. Quando a sua actividade está alterada, a resposta é excessiva e pode provocar lesões nos tecidos, originado cancro mais tarde.

Outro dado interessante obtido pelo estudo é a verificação de que o risco de contrair cancro do ovário aumentava em mulheres mais novas: quando as portadoras da mutação tinham menos de 53 anos, o risco triplicava.

Desta forma, um rastreio genético - efectuado a partir de uma simples análise ao sangue - em idades jovens poderia permitir actuar de forma a evitar o cancro.



Publicado no dia 27 de Setembro de 2007, no Jornal de Notícias

Reflexão:
Com estes avanços na investigação da saúde reprodutiva, a mulher poderá ter uma melhor qualidade de vida.
Pois, através de uma simples análise de sangue será possível detectar o gene COX2, e assim prevenir a neoplasia do ovário com o uso de simples fármacos.