Reaproveitar o plástico e produzir energia eléctrica através dos resíduos orgânicos das fraldas. É isto que permite a tecnologia Knowaste, aplicada já em países como a Holanda, o Reino Unido ou a Austrália, e agora em vias de ser aplicada em Portugal.
Ao conseguir aproveitar a totalidade dos componentes das fraldas, este sistema permite por exemplo aplicar o plástico na composição de revestimentos de telhas.
Os restos orgânicos das fraldas são decompostos através de um processo de digestão anaeróbia que, ao libertar biogás, serve para produzir energia eléctrica. Para além do aproveitamento dos materiais, a reciclagem diminui o grave problema ambiental que é a deposição destes lixos nos aterros e a possibilidade de contaminação dos recursos subterrâneos como a água e o solo.
O processo Knowaste desinfecta o material das fraldas e separa mecanicamente os componentes individualmente para que a pasta de madeira e o plástico possam depois ser reciclados e aplicados noutros produtos.
Em Portugal, a tecnologia Knowaste é representada por uma empresa nacional que já apresentou uma proposta à Agência Portuguesa do Ambiente. A Tecnoexpor prevê a criação de uma unidade com capacidade para tratar 100 mil toneladas de fraldas, ou três centros mais pequenos - para 40 mil toneladas - espalhados pelo Norte, Centro e Sul do País, de modo a reduzir os custos do transporte. Aura Carvalho, da empresa Tecnoexpor, afirmou ao DN que esta tentativa de implementação de uma unidade no nosso país já decorre há dois anos.
Mas para que a unidade funcione terá de ser criada uma entidade gestora deste fluxo de resíduos, de modo a evitar o seu encaminhamento para os aterros.
Para já, a Tecnoexpor quer apostar na recolha de fraldas e materiais sanitários nos grandes produtores, como os hospitais, as creches e os infantários.
Fonte: http://dn.sapo.pt/2007/09/30/sociedade/usar_fraldas_para_revestir_tectos_e_.html
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